Apresentação

Ranking avalia a qualidade do EAD no Brasil
Publicado em 08.03.2013 8:55:46

A ABE-EAD divulgou, em outubro de 2012, a última edição do ranking das instituições que oferecem educação a distância. São listadas todas as 66 credenciadas junto ao MEC (as públicas estão reunidas no título de Universidade Aberta do Brasil, a UAB). Ao todo, quase 16 mil alunos responderam a um questionário, aplicado entre maio e setembro de 2012. Segundo Holz, presidente da entidade, a maior parte dos estabelecimentos obteve nota 4 ou 5 em uma escala que vai de 0 a 5 – outras 10 obtiveram índice 3 e apenas uma ficou com nota 2. O desempenho é considerado bom. “A maior parte é de qualidade”, afirma.

São essas instituições que levaram a funcionária pública Deyse Ouro, 29 anos, a se matricular no curso de Serviço Social na Anhanguera Uniban. Para realizar o sonho de ter uma graduação, o tempo era um dos grandes obstáculos. “Eu gasto no mínimo uma hora para chegar até a faculdade. Optei por realizar esse trajeto apenas duas vezes por semana e investir o restante do tempo em meus estudos”, afirma. Com a ferramenta, Dayse comenta que alguns alunos tiveram dificuldade no acesso no início do curso por conta de um problema com as senhas, mas nada que pudesse atrapalhar os estudos. “Dá para rever as aulas quantas vezes for necessário, os trabalhos são postados online”, enumera as vantagens. Além disso, há o fator financeiro, com a mensalidade mais barata do que nas universidades presenciais.

No levantamento anterior, em 2011, uma instituição obteve nota 1 e outras sete ficaram com conceito 2 (entre elas a Unip Interativa, que em 2012 foi conceituada com nota 3). No ranking do ano passado, apenas a Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) manteve o mau desempenho e ficou com índice 2. A Unicid informa que, desde agosto de 2012, tem uma equipe destinada a identificar possíveis fraquezas e promover melhorias no ensino. A instituição alega ainda que o resultado da pesquisa não reflete o atual momento do serviço prestado.

Ainda assim, o presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Fredric Michael Litto, defende mais rigor na atuação do MEC na fiscalização dos cursos e a necessidade de um trabalho em conjunto das entidades e do ministério para a proposição solucionar os problemas. Ele também relata que, no geral, as instituições de educação a distância que oferecem um serviço de qualidade estão em maior número.